Para celebrar o Dia do Profissional de Recursos Humanos, comemorado em 03/06, entrevistamos Eduardo Zangerolami, sócio do BTLAW e um dos responsáveis pelo Comitê de DHO do escritório, e Isabel Oliveira, responsável pelo RH e membro do Comitê de DHO.
BTLAW — Avaliando os últimos 12 meses, quais foram os principais desafios para implantação do home office e a integração de todos os profissionais do escritório?
Eduardo Zangerolami: Inicialmente nossa principal preocupação foi com as pessoas. Todos estávamos lidando com uma situação nova e angustiante, que acabava por gerar ansiedade. Cuidamos de tranquilizar o time e demonstrar que, como já estávamos tecnologicamente aparelhados, aquele desafio seria viável.
Depois do baque inicial começaram a surgir os problemas rotineiros. Manter a produtividade nesse novo cenário, tendo que se desdobrar e dar atenção também aos filhos, que deixaram de frequentar a escola, e cuidar das tarefas de casa, é humanamente insustentável. Demonstramos solidariedade e compreensão com o momento de cada um, disponibilizando atendimentos profissionais aos que precisaram. E fomos surpreendidos com um verdadeiro trabalho de time, em equipe.
Hoje a rotina está mais estabilizada e todos mais acostumados ao “novo normal”, mas ainda temos que lidar com o isolamento. Fazemos eventos e dinâmicas online para mantermos a integração do time, mas confesso que essa é a parte mais difícil. Trabalhar o dia todo de forma isolada, apenas com reuniões virtuais, acaba sendo menos interessante e mais cansativo. Acabaram os momentos de descontração. Não vejo a hora de poder ter todos juntos novamente, de perder um tempo no café ou fazer um almoço mais longo. Isso faz muita falta!
Isabel Oliveira: Comunicação a distância foi um grande desafio, adaptação de novos procedimentos e formas de trabalho, conciliar os horários com tarefas mistas, adequar tempo e espaço, organização das tarefas com os colaboradores e minimizar os impactos do trabalho solitário, a falta de interações constantes, como conversas no corredor e um cafezinho descontraído. Foi necessário empatia.
O grande desafio do DHO foi melhorar a conexão com os colaboradores, cultivar as relações a distância. Novas ferramentas de comunicação mais práticas e ágeis, reuniões mais frequentes com a equipe, alinhamento de novos procedimentos. Trazer as pessoas de volta para a sensação de pertencimento ao escritório foi de extrema importância.
Realizamos pauta sobre diversos temas, como saúde mental, padronizações, novas metas, diversidade, treinamento de novas ferramentas, integração aos novos colaboradores. Também fizemos reuniões comemorativas com parabenização de alcance de metas, agradecimentos e premiações.
BTLAW — Todas as empresas foram obrigadas a adaptar as suas atividades. Vocês identificaram alterações positivas nas novas rotinas adotadas pelo BTLAW? Como o time BTLAW reagiu às mudanças?
Eduardo Zangerolami: Sim, sem dúvida. Como em tudo na vida há o lado positivo. Vejo que perdíamos muito tempo com deslocamentos e havia resistência no uso das tecnologias disponíveis. Além disso, formalidades como horário fixo e traje tinham uma relevância muito grande. Vejo um futuro mais equilibrado, com implementação da modalidade híbrida de trabalho, que aumentará a qualidade de vida de todos e o tempo com a família, permitindo uma troca de experiências mais rica durante o tempo dedicado ao trabalho colaborativo, em equipe.
Isabel Oliveira: Houve mudanças e padronizações que facilitaram nossas divulgações de forma mais ágil no trabalho, novas ferramentas com grande alcance nos resultados, modelos de propostas mais eficazes.
Com o trabalho home office, os advogados ganharam um tempo considerável, saíram do estresse do trânsito, ganharam tempo maior para prospectar novos clientes, realizar reuniões de forma online, flexibilização de horários, maior autonomia para trabalhar com seus clientes. Consideramos um aumento da produtividade e uma redução significativa de custos para a empresa. Com este ganho pode-se se investir em novas ferramentas, equipamentos mais modernos e aberturas de novas investimentos em bolsa de estudo para colaboradores.
BTLAW — Qual foi o papel do Comitê de DHO durante esses 12 meses e quais serão os desafios no próximo ano?
Eduardo Zangerolami: O papel do DHO é sempre cuidar das pessoas. Tentamos resolver ou ao menos melhorar todas as dificuldades que nos foram impostas no último ano, e assim seguiremos, analisando os problemas e criando soluções criativas. É com o time satisfeito que teremos clientes satisfeitos.
Isabel Oliveira: O papel do Comitê durante esses meses foi aplicar estratégias para um bom desenvolvimento das equipes, reuniões frequentes com colaboradores sobre engajamento e aumento de produtividade para alcance de novas metas, realização de treinamentos de novas ferramentas para otimização do trabalho, transparência das informações e melhores apresentações dos resultados, alinhamento com as equipes sobre novos projetos, sempre propondo a participação de todos em novos desafios e estimulando as equipes para buscar soluções criativas.
Os desafios para próximo ano serão manter a equipe engajada, motivada, sempre mantendo transparências nas informações e resultados, diálogos contínuos, reuniões frequentes e sociabilizar com colaboradores.