Dia Nacional da Visibilidade Trans

Por Camila Souza e Lívia Moraes

Hoje, dia 29 de janeiro, é celebrado o Dia da Visibilidade Trans. Em 2004, um grupo de transexuais e travestir foi até Brasília para o lançamento da campanha “Travesti e Respeito” no Congresso Nacional.

Esse ato é considerado, desde então, um marco contra a transfobia no Brasil.

Alguns dados[1]:

  • O Brasil é o país é mais mata travestis e transexuais no mundo
  • Em 2021, o Brasil teve 89 pessoas trans mortas só no primeiro semestre, sendo 80 assassinatos e 9 suicídios
  • Em 2020, a ANTRA encontrou um número recorde de assassinatos contra travestir e mulheres trans, com um total de 175 casos
  • 8 entre cada 10 notícias com as palavras “travesti” ou “mulher trans” na aba notícia nos principais mecanismos de busca trazem resultados de notícias relacionadas a violência e/ou violações de direitos humanos.

Dos pequenos “avanços” a serem comemorados, relembramos a decisão do STJ que determinou o direito dos transexuais à retificação do prenome e do sexo/gênero no registro civil não condicionado à exigência de realização da cirurgia de transgenitalização, bem como a retificação de documentos diretamente por via administrativa (conforme regulamentação da Corregedoria Nacional de Justiça – Provimento nº 73, que elimina a necessidade de ação judicial). Veja detalhes sobre o procedimento na nossa Cartilha.

Apesar dos avanços mencionados, ainda há um longo caminho a ser percorrido. O dia 29 de janeiro é um grito pelo direito de existir e pertencer – e que o grito seja ouvido.

O Barcellos Tucunduva reafirma seu posicionamento contra toda e qualquer manifestação de transfobia.

Foto: Lívia Moraes – Exposição Crônicas Cariocas em cartaz no Museu de Arte Moderna do Rio

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[1] Dados levantados pela Antra – Associação Nacional de Travestis e Transexuais em boletins periódicos.