Em São Paulo, item de proteção só exigido nos serviços de saúde e no transporte público e por aplicativo
Com o avanço da vacinação na maioria das unidades federativas, uso de máscaras em locais fechados já foi liberado em oito estados brasileiros e no Distrito Federal. Já em outros oito, o item só foi liberado em ambientes abertos.
Em São Paulo, a proteção só é exigida nos serviços da saúde, como clínicas e hospitais, e no transporte público e por aplicativo. Já nas empresas privadas, fica a critério da instituição escolher pela obrigatoriedade ou não das máscaras.
Poder trabalhar no escritório sem a máscara era tudo que a assistente administrativa Luara Tangiane queria. “Eu já tomei as doses da vacina, então, eu me sinto segura em relação a isto”, ela explica.
Vários funcionários da empresa têm a mesma percepção que a Luara e, por isso, já abandonaram o uso do item de proteção. Outros, porém, optaram por continuar com parte do rosto coberto. É o caso da Natália Cazuza, que conta ter tido covid três vezes. “Eu tenho um bebêzinho em casa, de 9 meses, então a gente está se resguardando”, afirma a assistente administrativa.
O sócio-diretor da empresa onde a Natália e a Luara trabalham deu a liberdade para que os funcionários escolham pelo uso ou não da máscara. “No caso de algum sintoma de gripe alguma coisa assim que imediatamente faça uso da mascara “, explica Cláudio Torelli.
O especialista em direito trabalhista, Décio Daidone Júnior, explica que, apesar do decreto do Governo do estado liberar a máscara em ambientes fechados, as empresas têm autonomia para exigir que os funcionários continuem usando o item. “Aquele instrumento, que seria a máscara, ele passa a ser o EPI, equipamento de proteção individual, o equipamento por parte do empregador, ele deve ser fornecido, deve-se orientar o uso e fiscalizar o uso”, diz o advogado.
Nos teatros e cinemas, o uso da máscara também não é mais obrigatório. Porém, as salas fechadas e com ar-condicionado são, segundo os médicos, o ambiente perfeito para a transmissão do vírus, principalmente, com a plateia lotada.
O vice-presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia, Alexandre Naime Barbosa, orienta que a máscara ainda deve ser usada em todos os locais fechados e com aglomeração. “O ar-condicionado faz com que o ciclo do ar seja um ciclo fechado, viciado; a troca de ar é muito pequena, e você pode ter a formação ou a propagação mais importante de uma forma de transmissão não só do vírus Sars-Cov2, que transmite a covid, mas também de outros vírus, como o da influenza, na forma de aerossol”, explica o médico.
